RexLab – Laboratório da UFSC permite que pessoas de qualquer lugar no mundo façam experimentos em tempo real.
RexLab
Laboratório da UFSC permite que pessoas de qualquer lugar no mundo façam experimentos em tempo real.
O Ambiente de Experimentos Remotos (RELLE), localizado em Araranguá teve acesso remoto entre os meses de setembro e novembro de 2015 de pessoas de mais de 50 países.
Foto: RexLab
Experimentos científicos a qualquer tempo e espaço
Imagine um aluno em uma escola em um lugar qualquer do Brasil. Nas aulas de ciências, ele está estudando o mundo das plantas, observando quais são as partes fundamentais, como funciona a fotossíntese e o ciclo de reprodução… Em seu material didático ele tem fotos e ilustrações, mas gostaria de ver tudo isso na prática. Então ele acessa o site http://relle.ufsc.br/, entra no “microscópio remoto” e lá consegue acessar um vídeo ao vivo do microscópio em um laboratório do RexLab. O microscópio tem amostras de raízes, caule, folhas, flores e frutos de plantas. Ao clicar em setas direcionais, o microscópio conectado a internet e com um dispositivo de mobilidade remota, muda a amostra e traz no site informações sobre cada elemento apresentado.
Todo esse trabalho é realizado no campus da cidade de Aranranguá, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com o Ambiente de Aprendizagem com Experimentos Remotos (Relle), que disponibiliza experimentos para um público-alvo de alunos do ensino fundamental e médio explorarem um ambiente real de maneira remota.
Desenvolvido pelo Grupo de Trabalho em Experimentação Remota Móvel (Gt-mre), o ambiente conta com 10 experimentos que vão desde a física com tópicos sobre energia, elétrica, dinâmica etc; conceitos de biologia, dentre outros. Todos foram desenvolvidos no campus de Araranguá, como parte do Grupo de Trabalho em Experimentação Remota Móvel (GT – MRE), projeto apoiado pela Rede Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento (RNP) e a Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (CAPES).
Para acessor os projetos do RELLE basta ter conexão com a internet
Foto: RexLab
Como funciona o projeto
Conectados por meio da internet, cada experimento pode ser acessado de qualquer lugar do mundo e ser “manuseado” quase em “tempo real”. As aspas são um ressalva, como afirma o prof. Juarez Bento da Silva, um dos coordenadores do projeto: ‘a simultaneidade da operação dos experimentos é em “tempo real” – entre aspas, caso contrário levo um “puxão de orelha” do Professor Bosco (João Bosco da Mota Alves, fundador do RexLab em 1997), pois, com fatores como a latência da rede, por exemplo, não permitem um real time pleno’.
Mas o mais importante aqui não é a simultaneidade, mas sim a importância que o laboratório tem adquirido. Segundo Juarez, a importância do laboratório se dá com a utilização das escolas, o engajamento dos professores e as parcerias com outros laboratórios: “estamos atuando junto à instituições de educação básica na região do Vale do Araranguá para a aplicação dos experimentos em sala de aula e capacitação dos docentes. Já nas parcerias com instituições de ensino superior, além da utilização de experimentos em sala, também há colaboração na construção de novos experimentos. A ideia é de que no futuro, implantemos uma federação, onde as instituições possam disponibilizar e dar suporte a um número maior de experimentos e usuários”.
As experiências tem conquistado o público pelo mundo todo
Foto: RexLab
Conquistas
No ano de 2015 o projeto disponibilizou também materiais didáticos de livre acesso e desenvolvido em parceria com docentes da rede pública. A ideia é que os alunos possam acompanhar os conteúdos teóricos apresentados nas experiências práticas.
O Relle teve em um período de 3 meses (01/09/2015 a 01/11/2015) um registro de aproximadamente 6.000 acessos aos experimento remotos vindos de mais de 50 países. No momento estão sendo negociadas parcerias com universidades de vários países do mundo para utilizar a plataforma.
Por todas essas conquistas e sua notabilidade, o projeto foi novamente selecionado pela RNP para continuar o desenvolvimento das experiências e pesquisas. Além disso, está sendo integrado à Universidade Aberta do Brasil (UNB) e já consolidou parcerias com grupos internacionais.
Histórico
Trazendo como valores fundamentais a inclusão social e a educação para todos, o RexLab foi fundado em 1996 no departamento de Informática e Estátística (INE) e transferido em 2006 ao departamento de Engenharia e Gestão do Conhecimento (EGC). Em 2009 ganhou sua sede em Araranguá, iniciando também uma parceria entre os programas de pós graduação em engenharia e Gestão do Conhecimento (PPGEGC), o curso de graduação em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e programa de pós graduação em Tecnologias da Informação e Comunicação (PPGTIC).
Com uma atuação de discentes e docentes, o laboratório tem parceria com dezenas de universidades no Brasil e no exterior e tem cumprido com à missão da UFSC em exercer sua função de extensão e inserção social.
Para contribuir, tirar dúvidas ou solicitar que sua escola faça parte do projeto, envie um email para o contato do RexLab.