RexLab – Laboratório da UFSC permite que pessoas de qualquer lugar no mundo façam experimentos em tempo real.

21/12/2015 12:17

RexLab

Laboratório da UFSC permite que pessoas de qualquer lugar no mundo façam experimentos em tempo real.

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O Ambiente de Experimentos Remotos (RELLE), localizado em Araranguá teve acesso remoto entre os meses de setembro e novembro de 2015  de pessoas de mais de 50 países.

Foto: RexLab


Experimentos científicos a qualquer tempo e espaço

Imagine um aluno em uma escola em um lugar qualquer do Brasil. Nas aulas de ciências, ele está estudando o mundo das plantas, observando quais são as partes fundamentais, como funciona a fotossíntese e o ciclo de reprodução… Em seu material didático ele tem fotos e ilustrações,  mas gostaria de ver tudo isso na prática. Então ele acessa o site http://relle.ufsc.br/, entra no “microscópio remoto” e lá consegue acessar um vídeo ao vivo do microscópio em um laboratório do RexLab. O microscópio tem amostras de raízes, caule, folhas, flores e frutos de plantas. Ao clicar em setas direcionais, o microscópio conectado a internet e com um dispositivo de mobilidade remota, muda a amostra e traz no site informações sobre cada elemento apresentado.

Todo esse trabalho é realizado no campus da cidade de Aranranguá, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com o Ambiente de Aprendizagem com Experimentos Remotos (Relle), que disponibiliza experimentos para um público-alvo de alunos do ensino fundamental e médio explorarem um ambiente real de maneira remota.

Desenvolvido pelo Grupo de Trabalho em Experimentação Remota Móvel (Gt-mre), o ambiente conta com 10 experimentos que vão desde a física com tópicos sobre energia, elétrica, dinâmica etc; conceitos de biologia, dentre outros. Todos foram desenvolvidos no campus de Araranguá, como parte do Grupo de Trabalho em Experimentação Remota Móvel (GT – MRE), projeto apoiado pela Rede Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento (RNP) e a Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (CAPES).

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Para acessor os projetos do RELLE basta ter conexão com a internet

Foto: RexLab


Como funciona o projeto

Conectados por meio da internet, cada experimento pode ser acessado de qualquer lugar do mundo e ser “manuseado” quase em “tempo real”. As aspas são um ressalva, como afirma o prof. Juarez Bento da Silva, um dos coordenadores do projeto: ‘a simultaneidade da operação dos experimentos é em “tempo real” – entre aspas, caso contrário levo um “puxão de orelha” do Professor Bosco (João Bosco da Mota Alves, fundador do RexLab em 1997), pois, com fatores como a latência da rede, por exemplo, não permitem um real time pleno’.

Mas o mais importante aqui não é a simultaneidade, mas sim a importância que o laboratório tem adquirido. Segundo Juarez, a importância do laboratório se dá com a utilização das escolas, o engajamento dos professores e as parcerias com outros laboratórios:  “estamos atuando junto à instituições de educação básica na região do Vale do Araranguá para a aplicação dos experimentos em sala de aula e capacitação dos docentes. Já nas parcerias com instituições de ensino superior, além da utilização de experimentos em sala, também há colaboração na construção de novos experimentos. A ideia é de que no futuro, implantemos uma federação, onde as instituições possam disponibilizar e dar suporte a um número maior de experimentos e usuários”.

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As experiências tem conquistado o público pelo mundo todo

Foto: RexLab


Conquistas

No ano de 2015 o projeto disponibilizou também materiais didáticos de livre acesso e desenvolvido em parceria com docentes da rede pública. A ideia é que os alunos possam acompanhar os conteúdos teóricos apresentados nas experiências práticas.

O Relle teve em um período de 3 meses (01/09/2015 a 01/11/2015) um registro de aproximadamente 6.000 acessos aos experimento remotos vindos de mais de 50 países. No momento estão sendo negociadas parcerias com universidades de vários países do mundo para utilizar a plataforma.

Por todas essas conquistas e sua notabilidade, o projeto foi novamente selecionado pela RNP para continuar o desenvolvimento das experiências e pesquisas. Além disso, está sendo integrado à Universidade Aberta do Brasil (UNB) e já consolidou parcerias com grupos internacionais.


Histórico

Trazendo como valores fundamentais a inclusão social e a educação para todos, o RexLab foi fundado em 1996 no departamento de Informática e Estátística (INE) e transferido em 2006 ao departamento de Engenharia e Gestão do Conhecimento (EGC). Em 2009 ganhou sua sede em Araranguá, iniciando também uma parceria entre os programas de pós graduação em engenharia e Gestão do Conhecimento (PPGEGC), o curso de graduação em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e programa de pós graduação em Tecnologias da Informação e Comunicação (PPGTIC).

Com uma atuação de discentes e docentes, o laboratório tem parceria com dezenas de universidades no Brasil e no exterior e tem cumprido com à missão da UFSC em exercer sua função de extensão e inserção social.

Para contribuir, tirar dúvidas ou solicitar que sua escola faça parte do projeto, envie um email para o contato do RexLab.